Hoje é dia de receber a família em casa. Mas com as devidas precauções. Em casa, máscara FFP2/KN95. Eles almoçaram na sala, eu fui de castigo almoçar na varanda. É família? É. Mas sei lá eu o que trazem com eles…
Café? É na esplanada. Claro que, ao contrário do que eu pedi, e porque chegaram lá mais depressa do que eu, instalaram-se na parte coberta onde eu NÃO queria estar. Nem devia… Felizmente a esplanada estava vazia. Mas, mesmo assim, nada como manter a distância e ficar o mais perto possível da entrada que é mais arejada.
A verdade é que tinha que sair de casa um bocadinho e apanhar ar. Mesmo de máscara e mantendo as distâncias de segurança.
Depois? Apagar no sofá, claro. Já tinha apagado de manhã depois do pequeno almoço para só acordar a tempo de tomar banho antes do almoço.
E os meus dias resumem-se a isto: dormir. Depois do pequeno almoço, depois do almoço e a noite toda até de manhã. Uma animação, portanto. Só que não.
E, depois de apagar no sofá à tarde, acordei com aquilo a que não posso chamar de dor de cabeça mas sim uma sensação tão estranha e uma sensibilidade demasiado grande ao ruído. Ao ponto de, para conversar cá em casa, só em jeito de sussurros. A televisão? Sem som. A música que eu tenho sempre a tocar no Spotify? Desligada.
Não, esta parte do dia não está a ser boa. Nem fácil. E, novamente, um calor que só eu sinto e que não se aguenta.
Faz tudo parte do mesmo. Acho eu. Não sei. Talvez. É só mais uma das coisas que vou ter que perguntar…se não me esquecer.
Agora, se calhar o melhor é comer qualquer coisa em jeito de jantar e depois rumar à cama. E amanhã? Logo se vê…