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De que me serve um psicólogo que se ri de escárnio quando lhe digo que as redes sociais têm sido o garante da minha saúde mental quando estou mal?

De que me serve um psicólogo em que as consultas acontecem com intervalos de mês e meio quando eu preciso de ajuda para ontem e de forma mais regular e menos espaçada?

De que me serve um psicólogo que dá consultas de 30 minutos em que eu posso falar durante 10 minutos e mesmo assim ele não ouve, ou não quer ouvir!, o que lhe digo e os restantes 20 minutos são para preencher testes de avaliação solicitados pelo psiquiatra que entretanto se ausentou do Hospital com regresso previsto para daqui a dois anos e não me deixou com substituto atribuído?

De que me serve um psicólogo que, ao me receber na consulta estando eu de máscara onde só o meu olhar está disponível, não consegue ver o que, na véspera!, e nas mesmas circunstâncias, ou seja de máscara!, até o neurologista percebe e diz, do nada, “essa depressão não vai muito bem, pois não?”.

De que me serve esta ajuda que não ajuda em absolutamente nada?!

Há uns anos, um até então chamado amigo que entretanto deixou de me falar sabe Deus porquê, criticou a minha forma de estar nas redes sociais. Que me expunha demasiado. Especialmente nos meus momentos maus. Como agora. Chegou a dizer-me que eu escrevia demais. E eu respondi, publiquei e agora repito: não se preocupem se escrevo “demais”. Preocupem-se no dia em que deixar de escrever!

É que, enquanto escrevo, é sinal que ainda tenho forças para pedir ajuda. E, ao expôr dentro do limite que eu mesma traço!, é isso que estou a fazer: a pedir ajuda! A tentar não me perder. Não me afogar naquelas lágrimas que teimam em não cair mas que me sufocam!

Alternativa a este psicólogo? Já estou a procurar opções. E a falta imensa que me faz o terapeuta fofinho nestas horas!

A depressão, claro, está confortavelmente instalada e em franco crescimento. E eu já cá estive antes e não gostei.

E o meu céu continua escuro. Cada vez mais escuro. E a solidão é um bicho que rói e corrói por dentro e, ao mesmo tempo, tem um peso insuportável.

Falta-me a luz-guia para eu reencontrar o meu caminho de volta. E durante 8 anos essa luz-guia foi o terapeuta fofinho. Que já não me acompanha. E que tanta falta me faz…

Amanhã? Continuo a fazer de conta que está tudo bem quando for para a fisioterapia de manhã e para o Yoga ao final do dia. Afinal, se sou boa em alguma coisa é em fazer de conta

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