Ontem disse que hoje o meu corpo me iria cobraram o esforço de ontem. O que eu não previa era que o esforço de hoje também fosse muito intenso…não pela fisioterapia, onde o Fisioterapeuta optou por manipulação e alongamentos de pernas e braços, mexeu nos músculos dose ombros, aligeirou a cervical e nada de forçar as pernas com exercícios musculares de subir e descer escadas (que eu preciso tanto de reaprender) ou de sentar e levantar-me de uma vulgar cadeira que é um exercícios simples de fazer até em casa, e seguro!, e excelente para reforçar os músculos das pernas.
A fisioterapia correu suave e depois de terminar, e sem pressa nem horário marcado para nada, permiti-me ficar na esplanada, ao Sol, durante uma hora e meia. Que soube muito bem, não só pelo Sol mas também por não ser uma esplanada habitual. Mas era preciso, no caminho de volta para casa, passar pelo supermercado. Outra vez…e desta vez, ao contrário de ontem, para as chamadas “compras a sério”. Que só não foram “mais a sério” porque a minha mãe não tinha como trazer, sozinha, mais nada. E é também aqui que a frustração me chateia. Porque custa-me não conseguir ajudar quem tanto me ajuda sempre. Mas eu já não conseguia sequer caminhar mais um passo sem me arrastar…
Chegar a casa a meio da tarde, almoçar à hora do lanche, aterrar no sofá e apagar. Das 19h às 23h não estive para ninguém, morri para o Mundo. Eu sabia que o meu corpo me iria cobrar o esforço de ontem. Mas, juntando o esforço de hoje também, admira-me não acordar só amanhã…
A noite já se fez madrugada e amanhã é dia de Yoga logo de manhã, por isso não vou estender o esforço do meu corpo. Continuo cansada, claro. Tenho sono. Mas queria ainda tentar perceber o que se passa. Porque, neste momento, desde há uns dias, na verdade!, sinto que algo me está a escapar como areia nas mãos de uma criança. E não estou a gostar. Nada…
Podia tentar adiar entender. Mas isso seria como fugir à realidade. E já há tanta realidade da qual fujo…
Vou para a cama. Não quer dizer que vá dormir de imediato, quando devia!, mas é possível que ainda vá tentar levantar um o véu do que se passa. E depois…logo se vê. Um dia de cada vez…
