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Ainda não percebi ao certo qual das duas é a melhor a jogar ao jogo do Faz de Conta, se ela ou se eu.

…mas começo a acreditar que sou eu. Porque faz de conta que está tudo bem? É comigo. Faz de conta que não se passa nada de (muito) errado em mim? É comigo. Faz de conta que consigo fazer tudo normalmente e sem ajuda? É comigo.

…há muitos anos que digo que sou perita no jogo do Faz de Conta. Mas a este nível, that’s a first.

[e ela sempre no meu caminho, a atirar-se de barriga para o ar a, lá está!, fazer de conta que quer festinhas quando o que quer é morder. Ou a parar em frente aos meus pés quando eu tento caminhar em casa sem perder o equilíbrio. Ou, ainda, a enrolar-se nos meus passos numa clara ameaça de me fazer cair. É, já faltou mais para eu cair em casa por causa dela. Mas, para ela, faz de conta que não se passa nada…]

E eu…? Continuo a encolher os ombros, sorrir e acenar. Porque faz de conta que está tudo bem. Só que não está

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