Daily Archives: 05/02/2025

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Dores. Falta de força. Fraca mobilidade. Pouca estabilidade. Equilíbrio? Sem estabilidade não funciona como deve ser. Foi assim a manhã das minhas pernas… O caminho de manhã cedo até à paragem do autocarro foi acompanhada como é todos os dias. A partir daí fico por minha conta. E o risco passa de grande estando acompanhada a elevado estando sozinha. E cada vez tenho mais percepção disso. Mas insisto nos meus caminhos sozinha. Numa tentativa de manter a minha autonomia e a minha independência o máximo de tempo possível. É, também, uma espécie de fuga à realidade? Claro que sim. É uma tentativa de voltar a ser quem já fui e não volto a ser…

Continuo a recusar o andarilho. Não quero. Não me reconheço com ele. É possível e até provável que venha a ter que ceder ao seu uso. Mas até nessa altura irei continuar a recusá-lo. Porque essa não sou eu!

Ao chegar, a muito custo, à Fisioterapia falei nas dores, da força de que ontem senti a abandonar as minhas pernas, da fraca e muito difícil mobilidade, a falta de estabilidade e equilíbrio. Em conjunto, decidimos exercícios leves, com muito pouca incidência no esforço das pernas. Eu já sabia o quão prejudicial é o frio intenso nas minhas pernas, mas ainda não tinha havido necessidade de abordar o assunto como hoje.

Fisioterapia em modo suave terminada, hora de regressar. Não resisti à esplanada ao Sol e por lá fui ficando. O calor do Sol quente nas minhas pernas geladas permitiu-me a capacidade de caminhar, com extremo cuidado, até à paragem do autocarro.

No caminho de regresso a casa, sentada no autocarro, percebi que o resto do dia não ia ser fácil. Ao sair do autocarro, a minha mãe pronta para me acompanhar, as dores cada vez mais intensas, a dificuldade em caminhar cada vez mais extrema, o cansaço pesado já instalado. E, ao final da tarde, a aula de Yoga…

…à qual consegui ir. Não tinha como…e custa-me tanto faltar ao Yoga. Mas é preciso ouvir o que dita o corpo. E o meu ditou que o descanso é prioritário.

Hoje não foi fácil. Nada mesmo. O ponto alto do dia? O Sol na esplanada a aquecer-me. Amanhã? Logo se vê.