Fevereiro, dia 17, ano 2025. 13 horas e 24 minutos. Dizem que a Terra tremeu. 4,8 é coisa para ser sentida. Epicentro perto do Seixal. A essa hora eu estava no Parque Urbano Comandante Júlio Ferraz no centro de Almada. Que é logo ali ao lado. E, para variar (tirando aquele das 5h30 da manhã em Agosto e o de Dezembro de 2009 num oitavo andar!), não senti absolutamente nada. Nem ouvi aquilo que tanta gente relata: o som da Terra a tremer que, diz quem já ouviu, é algo de horroroso.
Tenho verdadeiro pavor de tremores de Terra. O único do qual eu não tenho pavor, não tenho qualquer receio, medo não existe, é aquele cujo epicentro fica a 135 km de distância daqui mas que já deu origem a um Tsunami (permanente) na Costa da Caparica.
A Terra tremeu. E eu continuei tranquilamente à procura dos primeiros sinais da Primavera, que fui encontrando no meio da relva entre bancos de jardim em forma de pequenos malmequeres.
Não oiço outra coisa a não ser, em conversas alheias, “sentiste o tremor de Terra?”
A mim ninguém me perguntou nada, mas eu respondo: não senti absolutamente nada. Mas vi os primeiros sinais da Primavera que tarda em chegar.
