Sábado é dia de acordar cedo. Yoga logo às 9h obriga a sair de casa 5 minutos antes das 8h para apanhar o autocarro que passa na paragem, aos sábados, sempre 10 minutos antes do que consta no horário.
O corpo pede descanso, mas ao mesmo tempo pede alinhamento, respiração profunda e consciente, pede aquela hora dedicada a corpo e mente. Hoje, apesar de cansado, o corpo pediu Yoga. E, como sempre, mais uma aula desafiante para mim mas altamente recompensadora. Não me tirem o Yoga, é tudo o que peço.
Dia também de tratar de mim depois da aula com hora marcada para as 12h30 no centro da vila… Eram 10h34m quando a minha boleia me deixou no centro da vila onde a minha mãe já me esperava. Tínhamos 2 horas pela frente para fazer o quê? Nada…
Era urgente beber o café que não bebi antes de sair de casa. Esplanada obrigatória. Para poder fumar. E simplesmente poder estar longe da confusão do interior do café.
Acabámos por ficar na esplanada perto de uma hora. Próximo ponto de paragem? Supermercado. Aquele onde só tinha entrado meio de fugida uma ou duas vezes a correr. E dei por mim a sentir-me a fazer turismo num supermercado. Porque é raro agora ir a um supermercado, porque acompanhar a minha mãe nas compras, neste momento, é algo impensável. As minhas pernas começam a doer, a dificuldade em andar aumenta e o desequilíbrio não ajuda.
Estivemos quase uma hora no supermercado. E enquanto a minha mãe procurava o que precisava de levar, dei por mim encantada com o corredor de Comidas do Mundo. Um corredor que, dadas as dimensões do pequeno supermercado, não é muito grande. Mas onde a oferta é enorme. E eu parecia uma turista num museu a apreciar obras de arte. Não encontro outra imagem para descrever aquele tempo que passei naquele corredor de supermercado…
Perto da hora da minha marcação das 12h30 seguimos caminho e às 13h estávamos a caminho da paragem do autocarro para voltar para casa. Já em casa, almoçámos e o meu corpo começou a dizer que precisava muito de descansar, recuperar, dormir. E, pouco depois das 16h, enroscada no sofá, embrulhada na manta, aconchegada com as almofadas térmicas quentinhas, o meu corpo fez um ctrl-alt-del. Para só voltar a acordar às 7h da manhã de Domingo…
Não, o meu corpo não estava apenas cansado…estava exausto! E é tão importante ouvir o corpo! Assim como é importante ter horários de descanso a horas certas. E eu tenho que me render às evidências e definir horários. Mas, sobretudo, cumpri-los! Coisa que não tenho feito e que não pode continuar a acontecer…
