Sábado, aquele dia aborrecido da semana. Hoje não foi muito diferente, apesar de ter tratado de mim de manhã e ter acabado por adormecer no sofá à tarde. Que também é uma forma de tratar de mim.
Ainda de manhã, aquela conversa que já começou a ser um hábito com quem (me) vê de outra forma e acaba por me dar dicas de orientação. E, mais uma vez, a certeza de que há muito trabalho a fazer, mas que depende unicamente de mim. Soltar e deixar ir. Neste caso concreto não é uma questão de não pôr pressão. É, acima de tudo, de perdão. A mim e a outros. A mim é difícil perdoar-me, mas é mais fácil de aceitar porque acredito que mereço perdão. Já o o perdão a outros…
Mas tenho mesmo que me dedicar a trabalhar esta área. Sei que muita coisa mudará para melhor se o fizer, essencialmente mudará a minha relação comigo mesma. E eu preciso disso. E mereço isso. Estar bem comigo mesma é o melhor caminho para poder estar com os outros.
Sei que não posso fazer muita coisa por um outro muito específico. Mas sei que quero muito que me permita estar lá. Tenho medo, claro, por ele. E também por mim, sim. Mas acredito que, com tempo, espaço e a ajuda que soube procurar, vai ficar bem.
Eu continuarei por cá. Se me quiserem presente, é presente que estarei. Não me esquecendo, também, de mim. Em primeiro lugar, mas de mangas arregaçadas para trabalhar e braços abertos para abrigar.
De volta ao momento presente. O aqui e agora. Amanhã? Logo se vê. Já correu mal uma vez, não me esqueço disso. Mas agora é diferente. Porque eu própria estou diferente. Sou diferente. Por isso, sim. Amanhã logo se vê.
