Terça feira. E o dia todo a sensação de ser quarta. Não me importava que já fosse quarta feira a terminar. Seria o mesmo que dizer que sexta estava quase aí.
Sexta feira promete ser um dia intenso. De manhã, consulta para mostrar os exames menos bons feitos no final do Verão. Fico um bocadinho ansiosa pela consulta. E tenho razões para isso. Mas vou ter que esperar pelo próximo passo a dar, seja ele qual for. E acreditar que vai correr tudo bem.
A tarde vai ser de ida rápida a Lisboa. Mas entre a consulta e a ida a Lisboa há um almoço que espero não estar esquecido. Mas, claro, só irei acreditar na altura. Quando estiver a entrar no carro. Aprendi a não acreditar em promessas, ainda que não tenha sido feita nenhuma promessa embora se tenha apalavrado. Amanhã confirmo…sei que há um horário a cumprir depois do almoço, sei que terá que ser um almoço rápido. Mas prefiro que seja o tal almoço apalavrado e não mais um almoço sozinha entre uma consulta e uma vacina.
Se estou ansiosa por sexta feira? Muito. Mas só num caso me permito ter expectativas: a consulta. De resto, já aprendi a não esperar nada. Tento que as borboletas na barriga não se manifestem. Especialmente quando, como hoje, fico a falar sozinha. Nunca gostei…e cada vez gosto menos disso. Mas amanhã confirmo se o almoço acontece. E, se a resposta for sim, só acreditarei quando estiver a entrar no carro. Não pode ser de outra forma.
Mas ainda é terça feira…ainda falta tanto tempo. Vou ter que lidar com a ansiedade. E viver não um dia de cada vez, mas uma hora de cada vez, um momento de cada vez. E confiar no Universo. Que sabe o que faz.
Por agora não faço muito mais. Dou o dia por terminado. E tento descansar. Amanhã? Será menos um dia até sexta feira. E será um bom dia. Porque eu quero que assim seja. E depois? Logo se vê.