{#292.74.2022}

19 de Outubro. 2022, cinco anos depois de 2017 e daquela primeira mensagem a que só respondi na manhã seguinte em jeito de risada e que, no trânsito para casa, pensei “deixa cá dar uma hipótese”. Hoje, cinco anos depois, agradeço ter dado essa hipótese.

Ganhei mais do que perdi, se é que perdi alguma coisa. E todos os dias continuo a ganhar mais um bocadinho.

Há cinco anos não sabia, ainda. Mas ganhava um amigo. Que, para mim, é mais do que simplesmente um amigo. Mas é o que é. Aprendi a detestar esta frase, mas foi com ele que me habituei a ela.

Hoje, cinco anos depois daquela mensagem, sorrio. Continuo a rir quando me lembro da mensagem, porque foi a única reacção possível na altura e, se fosse hoje, seria igual. Mas sorrio porque tem sido um tempo muito bom. E é raro termos uma amizade em que, ao fim de cinco anos, ainda haja vontade de falar praticamente todos os dias. Mesmo que, por vezes, o retorno não seja imediato.

Nos últimos meses tem havido, especialmente da minha parte, algumas dúvidas. Alguns altos e baixos. Alguns baixos muito baixos. Que doeram bastante. Que me atiraram para baixo. Mas que uma simples conversa, que demorou a acontecer, me trouxe de volta ao lugar de sempre.

São cinco anos. Não, a história não fica por aqui. Não sei o que o amanhã reserva, mas sei que uma amizade é para manter por muitos e bons anos.

Amanhã? Logo se vê. Hoje, dia do meio, dia nim, nem não nem sim, não foi mau. Sei exactamente onde gostaria de estar. Mas sei também que, apesar de tudo, não é lá que devo estar. Não hoje. Quem sabe um dia…

{comentários}

This site uses Akismet to reduce spam. Learn how your comment data is processed.