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Em Almada, ao meio dia, o Sol escapou de entre as nuvens por uns minutos. O tempo suficiente para poder senti-lo no rosto e receber tudo aquilo que me trazia para além da vitamina D que tanto preciso de receber.


Tirei esta foto e enviei como reflexo de uma foto enviada por ele há dias. Ao que ele me responde “Essa pose tem direitos de autor”. E tem. Esta pose, a sentir o Sol, é o reflexo dele a sentir o mesmo Sol, apenas em dias e locais diferentes.

Aquilo que mais facilmente partilhamos é a mesma Lua, é o mesmo Sol, é o mesmo Céu Azul. E, sendo ele o meu Raio de Sol, que outra pose poderia eu fazer ao senti-lo tocar-me, aquecer-me, iluminar-me e, até, proteger-me?

Partilhamos a Lua, o Sol, o Céu e tanto mais. Até as ondas do Mar da Caparica. Não partilhamos o mesmo local, o mesmo sítio. Não ainda. Um dia, talvez… Mas reflectimos a pose um do outro ao absorver através da Lua, do Sol ou do Céu as mensagens que enviamos um ao outro fora das tecnologias.

Tudo por causa de um simples “Olá” numa qualquer rede social que veio no momento certo. Que trouxe tanto de bom. Que transformou tanta coisa. Para ambos.

E, desde 5 de Junho de 2023, sei que não estou sozinha neste meu percurso atribulado. O meu Raio de Sol faz o caminho comigo, sempre de mão dada. E já me disse “se o caminho se tornar mais difícil, levo-te ao colo“. E nem ele sabe o número de vezes que já me levou ao colo…

O meu Raio de Sol que, ao meio dia, escapou de entre as nuvens em Almada e me envolveu no seu calor. No seu abraço quentinho.

E tudo por causa de um simples “Olá” que valeu tanto. E continua a valer.

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Ir à rua beber um café pouco antes das 19h e sair da esplanada minutos antes das 20h é, agora, sinónimo de dores absolutamente insuportáveis nas pernas. Porque, neste meu novo normal, sinto a humidade e o frio a entranharem-se nas pernas como nunca senti antes.

Já passei muitas horas de Inverno rigoroso de Janeiro naquela esplanada. Nunca, até agora, o frio me atingiu as pernas desta maneira.
Janeiro é conhecido por ser muito frio. Nos tempos de teletrabalho era certo que, perto das 19h, o meu lugar era na esplanada. Ao frio. Sujeita à humidade. Nunca tive dores nas pernas por causa disso. Até que cheguei a este meu novo normal. Que não!, AINDA não aceito. Não aceito que me limite ao ponto de não conseguir dar um passo porque as pernas estão impregnadas de frio e humidade e com dores como nunca senti antes

Ao chegar a casa, tenho ali o tapete de Yoga e os blocos à minha espera para mais 30 minutos de Viparita Karani que me vai ajudar a melhorar a condição das pernas. Um compromisso que assumi com o professor Pedro diariamente até ao Natal, mas que acima de tudo assumi comigo mesma.

Mas, antes de avançar para o tapete, é obrigatório tirar o gelo das pernas ou não consigo, mesmo em casa, caminhar até lá. Por isso, almofadas térmicas de trigo, 2 minutos no microondas e 10 minutos nas pernas. E sinto o gelo a sair das minhas pernas…

Agora, já com as pernas mais aliviadas, vou ali até ao tapete. Sempre soube que o Yoga me ia ajudar muito. Não imaginava que ajudasse TANTO, porque depois dos 30 minutos de pernas na parede já sei que não vou ter dores.

E cada vez mais tenho certeza disto: este meu novo normal não é recomendado a ninguém!

Posso chorar um bocadinho…? Pois…o pior é que continuo a não conseguir chorar

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