Dia demasiado longo e muito dorido, doído e doloroso.
Último dia do ciclo de fisioterapia que será retomada sabe-se lá quando, mas dificilmente antes de Janeiro.
Sair de lá já com dores. Fazer tempo por aqui e ali para entretanto almoçar e seguir para o Hospital para a consulta que eu esperava e que precisava. Consulta que me provou o óbvio: não é com aquele profissional de saúde mental que vou ficar bem. Nas palavras dele, estou a manipular para ter atenção e se os meus amigos desapareceram todos é porque eu não sei como fazer para chegar a eles. Portanto, a culpa é minha. Não!, não é! Mas se ele acha que sim… Está na altura de escrever um email para o hospital e pedir troca de profissional de saúde mental por pura incompatibilidade com ele. E nem vou falar da incompetência…
Voltar para casa continuou a ser muito doloroso. As pernas a fraquejar, as dores cada vez mais fortes e ainda tanto para caminhar…
A aula de Yoga que não aconteceu no sábado passado foi remarcada para ontem. Sabia que me ia fazer muito bem, por vários motivos. Mas cheguei a ponderar não ir. Não só por ter chegado a casa muito em cima da hora para preparar tudo para chegar a horas à aula e ainda lanchar e conseguir descansar as pernas por uns minutos, mas também porque ainda teria muito que caminhar até ao clube. E eu não conseguia dar um passo por causa das dores… “Vais de Uber”, diz-me a minha mãe a certa altura. Ela sabia, sem eu lhe ter dito nada, que ponderava não ir à aula. Mas fui. E ainda bem que fui!
Uma aula de Yoga Restaurativa fabulosa. Dores nas pernas depois da aula? Perto de zero. Profundamente relaxada depois de ter entrado num furacão de emoções à tarde. Mas, ali, voltei a reencontrar-me comigo. Voltei a acertar o ritmo da respiração. Naquela hora de aula, deitada no tapete, era só eu e a respiração. E acalmei as emoções, relaxei as tensões e o Yoga fez o resto.
Voltar para casa não foi tão doloroso. E deitar-me na minha cama teve aquele efeito que é cada vez mais habitual em mim: adormecer com o telemóvel na mão enquanto ainda iria iniciar este post. Que escrevo no dia seguinte porque não quero perder o ritmo diário dos últimos 10 anos. Não quero espaços em branco. Para espaços em branco já me basta quando simplesmente não me lembro de alguma coisa, seja um dia inteiro, seja um momento do dia. Na minha cabeça aparece uma tabela de Excel com células em branco quando há alguma coisa que a minha memória apagou…
Enfim…foi um dia muito longo, doído, dorido, doloroso. E foi também o dia que confirmei o que há meses já suspeitava: em todas as áreas, há bons profissionais, há maus profissionais e depois há “isto” com que me cruzei e que não é a pessoa certa para mim.