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Mais um dia que podia, devia, sei lá que termo usar!, ter sido um dia bom. Não tendo sido mau na verdadeira acepção da palavra, também não posso dizer que tenha sido bom. Mas foi (muito) desconfortável. Acho que é esse o termo correcto para descrever este dia. E, já agora, todos os outros dias anteriores a este, todos os outros dias dos últimos meses, meses que se acumulam um após o outro naquilo que só hoje consegui descrever: desconforto.

E esse desconforto é um desconforto comigo mesma. Porque são as dores, é a falta de estabilidade e equilíbrio, são as dificuldades em caminhar sozinha, são as limitações que vão surgindo, é o sentir-me presa nos movimentos que encontram obstáculos ou que sou eu que já não consigo fazer como antes, sentir-me presa na falta de espaço onde antes me sentia à vontade, é a vontade de sair daqui para longe por uns dias, para um sítio onde ninguém me conheça, onde não me façam perguntas, onde simplesmente me deixem ser, me deixem estar, e saber que não vou a sítio nenhum. É o desconforto de um diagnóstico que ainda não aceitei na totalidade, é o saber que preciso muito de ajuda e não a estou a ter.

É, sem dúvida, o desconforto comigo mesma. E começo a fraquejar e a sentir, a perceber!, que não vou conseguir aguentar muito mais tempo sozinha, sem a ajuda que preciso. Com urgência

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