Quarta feira, dia do meio. Dia nim, nem não nem sim. E hoje definitivamente nim. Sem poder trabalhar de manhã por problemas de sistema que cortaram a possibilidade de comunicação da empresa, demasiado tempo livre para pensar demais no que não devo.
Continuo à espera de uma iniciativa que não existe, de uma resposta que não vou ter embora o silêncio seja uma resposta, à espera não sei muito bem do quê. Sei, sim, que esta ausência de resposta me está a condicionar mais do que gostaria. E não estou a gostar do efeito que já se faz sentir.
Sim, tenho que lutar contra isto e não permitir que me consuma como consumiu há uns meses. Por muito que entenda o outro lado quando precisa de tempo e espaço, não entendo a ausência e o silêncio. Não entendo mesmo. Serei eu, mais uma vez, a interromper a contagem. Cinco dias por agora. Mas será uma contagem sem fim se não for eu a interromper. E não entendo o porquê. Não entendo…
Sim, está a mexer demasiado comigo. Não quero, mas também não sei como mudar o que sinto. E, como sempre, eu sou de sentir tudo, seja o bom ou, como agora, o menos bom. Sinto tudo. Mas ainda não sei como lidar com o que sinto…
Um dia. Um dia deixo de ser parva. Mas não é hoje. Por hoje apenas sinto que começo a ficar menos bem. E não quero. Nem posso. Mas é o que está a acontecer…
Amanhã será melhor. E amanhã interrompo a contagem dos dias. Porque há uma data marcada que se aproxima. E nessa data quero fazer aquilo a que me propus há quase um mês e que ficou conversado. E, atrevo-me a dizer, combinado. Só preciso de confirmar que sim, se mantém como falado. E, claro, aproveito para saber como está tudo do outro lado. Ou “tudo”.
Enfim. Irei continuar a sentir tudo. Essa é que é essa. E, neste momento, o que sinto dói. E não gosto do que sinto. Mas, lá está, eu sou de sentir. Tudo. Eu, borderline, sinto tudo demasiado. Desde sempre. Mas nem por isso sei lidar com o que sinto da melhor forma.
Vamos ver como correm os próximos dias. Amanhã? Logo se vê como corre também… Por hoje não devo dizer nada, já é tarde. Mas amanhã sim. E depois logo se vê…