Daily Archives: 27/11/2022

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Domingo de ronha. Que começou com um dia bonito e consulta com o terapeuta fofinho. Passou para uma tarde de chuva a preparar o envio do telemóvel para a garantia. E uma noite profundamente aborrecida.

Podia ter passado pelo menos a tarde e a noite a fazer algo de útil. Por outro lado, lembro-me que foi a querer fazer exactamente o mesmo que levei o maior murro no estômago de que tenho memória…

Já sabia que era este fim de semana, mas não disse nada. Muito provavelmente por saber, de antemão, que iria levar uma nega. Ainda fiz referência a esta dia, hoje numa curta conversa, para me dizerem “para a próxima se quiseres”. A próxima será daqui a seis meses. Tanta coisa pode (e vai) acontecer em seis meses que não duvido que quem me disse isso não se vai lembrar. Como não se lembrou de outras coisas que falámos em Novembro do ano passado que seriam para acontecer em Março deste ano, no limite em Setembro.

O único problema aqui é a minha memória. Que regista tudo. Todas as conversas. Tudo o que se combina. E depois acabo por perceber que foram coisas ditas só para me calar.

Como o jantar que foi falado há poucos dias. Recebi resposta sobre o dia de hoje, mas sobre a data que pedi para o jantar nem uma palavra. Mas ainda hei-de lá voltar. E sim, desta vez irei cobrar uma resposta. Para perceber se é para acontecer mesmo ou se foi só mais uma coisa dita só porque sim, sem intenção de acontecer, só para me calar. Porque se foi…não, não me calo. Não parto a loiça, não tenho feitio para isso, mas não vou ficar com nada por dizer. E depois disso? Logo se vê. Afinal, estou no processo de deixar ir. E um dia terá que ser a última vez.

Se calhar já foi…mas se me sugerem que algo vai acontecer, é preciso que cumpram. Porque eu não sou assim. E não gosto que façam de mim parva. Porque não o sou.

Percebo agora, enquanto escrevo, que estou zangada ainda. Mas não quero que essa zanga aumente. Vou esperar. Mas não muito tempo…

Amanhã ainda é dia de férias. A semana toda, aliás. Ainda tenho muito tempo, demasiado tempo, para pensar no que quero e no que vou fazer. Porque confusa estou. E não gosto de estar assim. Nem quero. Mas é o que é.