Sábado e a véspera da data marcada. Acontece amanhã. Cheguei a acreditar que fosse demarcada em cima da hora. Ou simplesmente negada. Não foi. E ainda bem.
É uma data marcada que, cada vez mais, me sabe a despedida. Porque não acredito que volte a acontecer uma presença.
É um sentimento agridoce. Vai ser bom o que vou fazer. Mas não vai ser bom ser uma despedida. Despedida essa que, mais uma vez, só eu assumo. Porque tem que ser dessa forma.
Sei que existem novas condicionantes. Não é de agora. Mas é agora que sinto a diferença de comportamento, de atitude. E nada me convence que essa mudança não é influência dessas condicionantes.
Vai custar? Se fosse há um mês e meio ia custar mais. Mas, depois daquela conversa menos simpática de há uns dias, percebo que não vai custar tanto. Afinal, “somos o que somos”, que para mim é o mesmo que dizer que não somos nada.
Mas, e aprendi a detestar esta frase, é o que é. E, se é assim que tem que ser, seja. Assim será. Uma despedida consciente. Porque eu mereço mais. Porque eu sou mais do que uma simples presença online. Mas, se é aí que me querem, à distância de um clique, será aí que vou estar. Provavelmente com outra presença menos presente. Mas também sei que a minha ausência não é percebida. Por isso, será irrelevante estar ou não. Assim como já é.
Volto a dizer: nada me convence que essa mudança não é influência dessas condicionantes que agora existem. Afinal, já sei que, em tempos, se instalou a atitude “tu é que sabes”, criando logo ali uma certa pressão, um desconforto. Por isso, não me admira a eventual influência. Desilude-me. Claro que sim. Mas cada um sabe de si. E se há quem permita essa influência naquilo que se chamou, em tempos, de amizade, então essa pessoa não merece a minha presença. Porque desde o primeiro dia que eu saiba que nada se iria desenvolver para além da amizade e a única coisa que pedi, quando me expus, foi que nada mudasse. E, disseram-me, não havia razões para mudar. E, de facto, durante um tempo, nada mudou. Mas agora tudo mudou. E eu não gosto da mudança. Não desta mudança, assim.
Por isso, sim, vejo a data marcada como uma despedida.
Por outro lado, tenho uma descoberta em curso. Que, curiosamente, se iniciou há cinco anos, com uma mensagem de elogio que ficou por ali. Não desenvolveu. Até que, há uns meses, acordou. E que há poucas, muito poucas, semanas tem vindo a desenvolver. O que vem dali? O mais certo é não vir nada. E não vem, de certeza. Mas é uma grande massagem ao ego. E faz-me sentir viva.
Por isso, entre uma despedida e uma descoberta o Universo faz-se presente e mostra-me, outra vez, o equilíbrio.
Sim, sábado é o dia mais aborrecido da semana. Mas hoje até nem foi muito. Permitiu-me reflectir. E encaixar o que ando a pensar há vários dias: amanhã será dia de despedida. Só eu é que o assumo. Mas também sei que para o outro lado é indiferente que seja uma despedida ou mais um dia igual aos outros.
Por isso, amanhã logo se vê. Vou fazer algo que gosto muito. Mas também vou dizer adeus a alguém de quem gostei muito.
E não vai ser fácil… Mas vai acontecer.