Daily Archives: 26/11/2022

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Sábado, aquele dia aborrecido da semana. Hoje uma mistura de aborrecimento e animação. Não tenho feitio para andar muito tempo em centros comerciais, não gosto de andar a bater perna por aí, não tenho grande interesse em andar em lojas a menos que precise mesmo de comprar alguma coisa. Não era o caso hoje. Aproveitei para procurar um casaco de Inverno, visitei as três lojas que queria e podia ter ficado por aí. Mas não foi o que aconteceu. Foram mais de cinco horas num centro comercial… É o que acontece quando se está dependente de terceiros. Era só uma visita rápida para que alguém comprasse umas camisolas, foram cinco horas sem paciência. Impaciente, com dores, com gente à espera para uma entrega. Não, não tenho paciência. Mas, às vezes, tem que ser.

E assim se passou um dia que era suposto ser apenas aborrecido e se transformou em algo que não sei como lhe chamar.

Enfim…

A primeira semana de férias terminou. Felizmente ainda tenho outra. E, desta vez, estão a saber a férias. Uma semana que passou a correr mas que, ao mesmo tempo, pareceu demorar a acabar. E sempre aquela estúpida sensação de estar em falta com o trabalho…

Amanhã é dia de consulta com o terapeuta fofinho. E ainda bem que é. Porque preciso de ajuda de alguém de fora para me entender a mim mesma. Para perceber o que sinto, afinal. Um dia digo a mim mesma que ponho ali um ponto final e no outro estou à espera de uma data para uma próxima vez. Um dia estou muito zangada, no outro está tudo bem. Não, não pode estar tudo bem. Porque há motivos para não estar. Ou houve. Já não sei…e é por não saber que preciso que alguém de fora me ajude a organizar a confusão que vai na minha cabeça.

Continuo, claro, à espera de uma data. E sei que será de ficar à espera muito tempo. Mas não o vou permitir. Vou, como já disse, cobrar essa data. Espero até meio da semana. Não vou ficar eternamente à espera. Porque, se ficar, sei que a resposta não vem, a data não é marcada, o jantar não sai. E isso eu não quero. Nem aceito. Não depois da proposta vir do outro lado.

Sinto falta dos rituais matinais e nocturnos. Mas não vou regressar a eles. Por muito que lhes sinta a falta depois de cinco anos sempre presentes. Mas, e aprendi a detestar esta frase, é o que é. Não quero migalhas. Quero o que não tenho. Mas não o vou exigir. Nem fazer qualquer menção a isso. Um dia, quem sabe, o tempo vai dar razão ao meu gut feeling. Para o bem e para o mal.

Mas hoje não quero pensar mais sobre um assunto que me dói. Que me pesa. Hoje vou pensar apenas em mim. Porque o mais importante sou eu.

Amanhã? Logo se vê.