Há dias mais fáceis que outros. E hoje não tem sido um desses dias fáceis. Ainda não percebi porquê, mas o final do dia tem tido uma qualquer carga pesada que não sei explicar.
Impaciente. Com vontade de espingardar com tudo. E, desde há uma hora, vontade de chorar sem uma razão aparente…
Sinto-me muito sozinha. Sem conversar com ninguém. Sem ver ninguém. O teletrabalho ajuda a isolar-me ainda mais. Mas mesmo com o trabalho presencial não converso com muita gente para além do básico bom dia e até amanhã. Não há tempo para muito mais do que isso.
Desisti de ligar seja para quem for. As últimas vezes que o fiz ou a chamada foi rejeitada ou simplesmente não foi atendida. E, em qualquer dos casos, não houve retorno…
Os canais de comunicação funcionam nos dois sentidos. Por isso, desisti. Porque quem quiser saber, pergunta…
Tenho, também, vontade de dizer olá a quem já provou não merecer o que para mim é o meu bem mais precioso: o meu tempo. Não vou dizer nada, claro. Posso esperar por alguma coisa durante três dias, mas definitivamente não espero por nada três meses. Nem corro atrás de ninguém. Muito menos de alguém que descartou tão facilmente cinco anos de uma suposta amizade que, afinal, não o era.
Estou cansada. Desalentada. Desiludida, até. Magoada? Também. Hoje sinto tudo isto em simultâneo. E há muito tempo que não me sentia assim. Não é bom…
Mas sei que vai melhorar…só pode melhorar. Agora tento desligar o chip, tento esquecer e não sentir. Amanhã? Logo se vê…