Cansada. Muito. Tanto… Quinta feira e o que ainda me dá força para aguentar o resto da semana é o facto de já faltar muito pouco para o fim de semana.
Um bocadinho impaciente. Irritada. Desconfortável. Porque cansada. Muito cansada. Tanto…
Dói-me on corpo, especialmente as pernas e os pés apesar de passar o dia sentada no trabalho. Ou precisamente por isso…
Sei que devia mexer-me mais. Obrigar-me a mexer-me mais. Se o fizesse seria mais fácil suportar o cansaço. As dores seriam certamente menores.
Não interessa, amanhã termina a semana. Vou poder descansar nos fim de semana. E, ao terminar a semana, inicia-se um novo ciclo: o da descoberta do meu caminho.
Vai ser bom. Vai ser bonito. Por agora acalmo a ansiedade e relaxo para descansar. Porque estou, de facto, muito cansada. Perdi, não sei como, o ritmo e o hábito de me deitar mais ou menos cedo. Porque há sempre alguma coisa para fazer. E não posso continuar a adormecer tão tarde como tem acontecido ultimamente. Não posso esquecer-me que o despertador toca demasiado cedo para a hora a que tenho adormecido.
Voltar ao ritmo de me deitar mais cedo também é aquela coisa de tratar-se de mim. Como tal, não posso esquecer-me que em primeiro lugar estou eu.
O trabalho continua a ser uma caixinha de surpresas. Mas, infelizmente, das desagradáveis. E não, isso não é bom. Porque, se antes estávamos bem porque estávamos bem acompanhados, agora estamos largados aos bichos. Não encontro outra descrição. Quero acreditar que vai melhorar. Que vai correr bem. Porque não pode ser de outra forma. Se está fácil ver o que se passa à minha volta? Não, não está. Mas é continuar a encolher os ombros, sorrir e acenar. E continuar a fazer o meu trabalho. O melhor que sei. O melhor que posso.
Amanhã? Logo se vê. A única garantia é a de que é sexta feira. O resto? Logo se vê.
