A solidão é um bicho indesejado que, curiosamente, nos acompanha quando menos precisamos. Como agora.
Começo a ter a certeza de que, sim, o problema sou eu. Já o achava há muito tempo. Mas agora confirmo.
Sim, falo de solidão. Há muitos anos que a sinto. E não a desejo a ninguém. Se é verdade que é importante estarmos sozinhos quando precisamos, não é menos verdade que é preciso estarmos, também, com aqueles que gostam de nós.
Não vai acontecer neste fim de semana, claro. Nem no próximo. Nem no seguinte. Nem sabe-se lá quando. E, como sempre, o denominador comum aqui sou eu.
Não, não estou feliz e contente. Há muito tempo que não me sentia assim. Mas, lá está, a solidão faz-me companhia. E não, não é boa companhia.
Mas é o que é.
É continuar a encolher os ombros, sorrir e acenar. E continuar a fingir que está tudo bem, não há problema, sem stress. Só que não.
E, no meio da solidão, há a música que me acompanha sempre. E, na música, seja ela via rádio ou Spotify, há sempre músicas que me fazem viajar. Raramente para outros lugares, muitas vezes para outros tempos. Nem sempre bons. Como hoje.
Esta está, há muitos anos, na Playlist do Spotify. É dedicada a quem não quis problemas, quis soluções. Como quer sempre. Mas que, claro, depois de encontrar as soluções age como se essas mesmas soluções não tivessem consequências e ele próprio já não teria nada a haver com isso.
Mas todas as soluções têm consequências. E quem as encontra, às soluções, será para sempre responsável pelas consequências. Mesmo que ache que não.
Sim, há muitos anos que esta música faz parte da Playlist do Spotify. E há muito tempo que não a sentia como hoje.
Não, mesmo mais de 8 anos depois, ainda não te consigo perdoar. Um dia talvez aprenda como se faz. Não por ti, mas decididamente por mim…