Nunca escondi que não sou grande fã do Whatsapp e que só muito raramente o uso. Instalei-o há 3 anos quando confinámos e só por causa do trabalho porque era preciso estar por perto da equipa de trabalho. Raramente o usei e detestava que os meus colegas da altura se pusessem a conversar (e a partilhar piadas que não tinham piada!) até depois das 11h da noite. Mas, daquela gente que eu abominava, nunca esperei nada de jeito.
Fiuei sem trabalho e, por algum motivo, nunca desinstalei o Whatsapp. Mudei de telemóvel, voltei a instalar sem saber porquê. Até que arranjei um emprego novo e tínhamos que ter o dito durante a formação. Nunca foi usado nesse período. Mas o grupo mantém-se activo até hoje, quase 18 meses depois. De 13 que entrámos em formação, ficámos 3 na empresa. Uma desapareceu durante o estágio, outro foi despedido ao fim de uma semana de estágio. Nunca mais ninguém soube deles, nem pelo Whatsapp. O restante grupo mantém-se por lá. Vamos sabendo uns dos outros e estamos há mais de um ano para concretizar um jantar. Mas é um grupo pacífico, não é daqueles que estão a bombar sem interesse até às tantas.
A título pessoal, comecei a usar o Whatsapp para, muito de vez em quando, me meter com os meus sobrinhos. E só há muito pouco tempo, menos de 2 meses, comecei a usar como meio de comunicação.
E hoje aprendi que, com o Whatsapp, 2.200 km de distância se desfazem em uma hora e quatro minutos de conversa de viva voz.
E hoje estava muito a precisar disto. Os últimos dias foram muito difíceis e, a meio da conversa, percebi que não me ria desde quinta feira. E eu gosto (muito) de rir. Sou de riso e sorriso fácil. Mas desde quinta feira à noite que não ria. E hoje, a uma distância de 2.200 km, deixaram-me rir. Foram 64 minutos de uma conversa muito descontraída, que me permitiu descomprimir, relaxar e voltar a rir. Isto tudo porque tenho o Whatsapp instalado há três anos e só agora me permiti dar-lhe o valor que, afinal, tem. 2.200 km? Com o Whatsapp é logo ali ao lado. E ainda bem.