Sexta feira e mais um dia em que trago as chatices do trabalho comigo depois do horário de saída.
Nunca gostei de ser tratada como máquina de trabalho. Porque não é isso que sou. Sou, antes de mais e acima de tudo, um ser humano. E, como ser humano que sou, também não gosto que tentem fazer de mim parva. Porque também não o sou. E pegarem em supostos resultados do mês de Janeiro que não correspondem à verdade para decidirem algo tão simples como manter ou não o teletrabalho é quererem atirar-me areia para os olhos.
Dizerem-me que os meus resultados de Janeiro são maus porque em quatro parâmetros falhei três, é não saber ler um ficheiro de Excel que diz que em quatro falhei UM. Saber ler esses resultados não é tarefa minha. Mas vou ter que ser eu a ensinar quem supostamente devia saber o que está a fazer…
Estou muito zangada. Tão zangada. Como há muito tempo não estava. Há tanto tempo que não me lembro da última vez.
Ainda não aprendi a desligar quando o horário de trabalho termina. E hoje não está fácil mesmo… Já percebi que segunda feira de manhã me vou chatear. Mas há coisas que não entendo. E, quando não entendo, questiono. E, se sei que algo está errado, aponto o erro.
Logo se vê como vai correr. Mas, e percebi no primeiro dia, dali não vem nada de bom.
Agora é tentar desligar mesmo. Continuo zangada e espero que o fim de semana ajude a passar esta coisa. Segunda feira logo se vê… É continuar a encolher os ombros, sorrir e acenar. Desta vez não tenho dúvidas: não sou eu que estou errada.