Sábado. Dia de recuperar depois do estado de zanga de ontem. Percebi, no entanto, que ainda não desliguei o chip. Continuo zangada e muito focada em segunda feira.
Foi dia de procrastinar. Não fazer nada. Acordar tarde. Adormecer no sofá ao final da tarde. Ir à rua beber café já tarde e deixar-me ficar por lá. Ao mesmo tempo, do outro lado das mensagens, um convite. Que tenho vontade de aceitar. Mas que não sei…
A descoberta pode ser boa. Mas, claro, precisa de tempo. E tem que começar por me descobrir a mim. Ainda é um percurso longo. Ainda muito caminho por desbravar. Mas não desgosto de mim e do que vou descobrindo, redescobrindo e confirmando.
Tenho, ainda, muito trabalho a fazer. Em mim. Por mim. Para mim.
Amanhã é dia de consulta com o terapeuta fofinho. E, depois de ontem, é tudo o que estou a precisar. Vai-me ajudar a desacelerar, a recentrar as ideias. E, talvez, a encontrar um caminho para lidar com a injustiça.
Sim, amanhã será melhor. E será, também, para descansar o corpo e preparar o regresso às rotinas de horários absurdos e impróprios impostas pelo trabalho presencial.
Sem dúvida, amanhã será melhor. E será um dia bom. Porque eu quero que assim seja. E só isso importa.