Mais uma ida ao Hospital para picar o ponto. Ou, neste caso, picar o braço para mais uma colheita de sangue para análises. Controlar os níveis da função hepática por causa da medicação preventiva da tuberculose latente. Aquele antibiótico de toma diária em jejum que iniciei a 23 de Maio e que só vou deixar em Fevereiro… E a minha esperança é de que realmente elimine o bacilo que carrego comigo em estado latente sabe-se lá desde quando e que, agora oficialmente imunodeprimida por causa da medicação semestral para isto que me apanhou na curva, é bom que não acorde. Passar de tuberculose latente para activa com o sistema imunitário seriamente comprometido seria um grande e grave problema. Por isso, torço muito para que o antibiótico esteja a fazer o seu trabalho certinho. E, de preferência, sem (grandes) danos na função hepática… Mas amanhã é dia de Teleconsulta com a Infecciologista e vamos ver o que ela tem para me dizer. E espero não me esquecer das coisas que tenho para perguntar… Logo se vê.
A coisa mais positiva nesta ida ao Hospital foi perceber que, se não se lembrarem de mais nada e não havendo motivo para uma ida às urgências, já só lá volto em Janeiro! E perceber isso fez-me sentir que há uma espécie de normalidade a voltar. Mas não me esqueço daquela altura em que todas as semanas tinha que ir ao Hospital para consultas, análises, exames. E, pelo meio, a fisioterapia diária também no Hospital.
Na verdade nunca pensei vir a ser uma utente tão frequente do Hospital Garcia de Orta. Ou de outro qualquer, já agora…
E, mais uma vez, a noite começa a roçar a madrugada e amanhã é preciso acordar cedo. A consulta é feita por telefone, é verdade, mas não há uma hora marcada para que aconteça. Entre as 9h e as 17h, pode ser a qualquer momento. Por isso, está mais do que na hora de enroscar e aninhar para aquecer e descansar de um dia longo que, para além de Hospital, ainda meteu mais uma ida ao Almada Fórum. Mais uma prova de fogo para a resistência do meu equilíbrio, da minha marcha e, especialmente, das minhas pernas.
Chega por hoje. Vou enroscar. Nele, claro. À nossa maneira que só nós entendemos. E que só nós temos que entender. E as saudades que eu tenho dele…acho que nem ele tem a real noção. Mas, também aqui, logo se vê. O importante agora é ir descansar e dormir já. Amanhã também é dia. E o resto? É só mesmo isso: o resto.