Daily Archives: 19/12/2024

{#353.014.2024}

Quinta feira, já se sabe, é dia de Yoga. Hoje não foi excepção.

As posturas habituais, os desafios habituais para o corpo e para a mente. E que, a mim, seja num caso ou no outro só me fazem bem.

A nível mental é o desafio de aquietar as ideias, muitas delas parvas, calar as vozes que tantas vezes ecoam cá dentro. O corpo responde a todos os desafios propostos e se não consegue à primeira repete as vezes que forem precisas até conseguir. É também uma boa forma de me mexer e fazer exercício. Há quem já me tenha dito que “Yoga não é desporto porque não se transpira“…obviamente que quem me disse isto nunca na vida fez uma só aula experimental…

Hoje, depois da aula e a complementar o relaxamento, fizemos o que não fazíamos há muito tempo: Yoga Nidra, que é o mesmo que dizer relaxamento profundo acompanhado de meditação guiada. E já tinha saudades.
E o Yoga Nidra, para além do relaxamento profundo, quando bem guiado por quem sabe, proporciona viagens maravilhosas até onde a nossa mente nos levar. E hoje o professor Pedro guiou-nos até ao Azul. O azul do céu. Quando sentes que sais do teu corpo porque estás de tal forma relaxado que o teu corpo deixa de ter peso e simplesmente vai. E fomos às nuvens. Flutuámos entre elas. Vimos a Lua. O cintilar das estrelas ali tão perto.


Não sei se todas fomos. Eu sei que fui. E ir ao Azul é provavelmente a minha viagem preferida. O Pedro não viu por causa da minha máscara, mas nesta minha segunda viagem ao Azul o meu sorriso era enorme. E tive que fazer um esforço grande para não começar a rir de felicidade por aquela maravilha de viagem que gosto tanto e que faz tão bem.

A pior parte do Nidra é quando temos que regressar. Voltar a encaixar, o que se soltou por aí, naquele corpo estendido no chão. Voltar a sentir peso no corpo. Voltar a movimentar os dedos das mãos, os dedos dos pés, as mãos, as pernas…enfim, voltar a encaixar a leveza num pacote pesado. Esta é a parte mais difícil. Pelo menos para mim que tantas vezes não tenho vontade de voltar. E o reencaixar no meu corpo chega a ser doloroso…mas a viagem é fabulosa.

E já depois da aula terminada, já em casa, ainda aquele sorriso e leveza de quem foi ao Azul