Na noite passada escrevi isto no blog e partilhei no Facebook: “Estou tão cansada… E tão perto de desistir. Da espera a que me obrigam. Do acompanhamento que preciso e não tenho. Do tratamento que não chega. E é tão fácil desistir disso tudo. E é tão fácil desistir de mim mesma…”
Deviam passar 2 ou 3 minutos da meia noite. À meia noite e cinco minutos o meu telemóvel tocou. Outro P de Presente, desta vez geograficamente mais afastado mas há mais de 20 anos sempre próximo. A pergunta imediata foi “como é que estás?” Nem foi preciso pensar muito para lhe dizer “estou na merda…”
E estava. Já tinha debitado no éter tudo o que trago cá dentro em formato de post de blog. Post diário há praticamente 10 anos. Onde me permito dizer tudo o que me mói e me dói.
Falei com ele, desabafei, senti o apoio que nem a distância impede. Falei com a mulher dele também. E novamente o apoio. E a promessa de não desistir.
Fica difícil fazer este caminho sozinha. Mas depois há estes Presentes que a vida me trouxe que me ajudam a enfrentar as outras surpresas também trazidas pela vida.
A noite foi muito difícil, muito curta, o dia demasiado longo e também ele difícil. Mas eu cumpro o que prometo. E prometi não desistir.
Hoje foi mau. Amanhã basta ser só um bocadinho melhor. Depois? Logo se vê. Por enquanto ainda estou na merda. Mas com uma noite bem dormida pode ser que passe…