Há duas coisas que, desde cedo, me ensinaram e eu aprendi na perfeição: saber esperar e ter paciência.
Desde sempre que me lembro de ser assim: eu espero por qualquer coisa, por qualquer pessoa, às vezes até para lá do razoável. Mas espero. E, mesmo que muitas vezes diga que já não tenho, sou perita na paciência.
Mas, depois, há o telefone que não toca (e ainda não me convenci que, de facto, funciona nos dois sentidos; my mistake…), há aquele email enviado há 3 semanas com reforço de envio há duas semanas que continua sem resposta, há a SMS que não chega com a confirmação da referenciação pedida, há todo um Mundo que não se mexe.
Mas toda a gente continua a dizer-me que tenho que esperar e ter paciência. E eu continuo, à espera e a ser muito paciente.
Mas, no último ano, aprendi (à força da espera e da paciência) que não poder fazer mais nada a não ser esperar e ser paciente cansa. Muito. E eu estou exausta de tanto esperar e ser paciente e não poder fazer rigorosamente nada para que o Mundo se mexa. O que podia fazer, está feito. Mas, do outro lado, daquele lado que podia (devia?) fazer a diferença não recebo mais nada além de silêncio e ausência de movimento. E por isso mesmo estou tão cansada. De esperar e ter paciência. E de não poder fazer mais nada…
Quanto ao telefone, ainda caio na asneira de ser eu a tentar comunicar quando o telefone funciona nos dois sentidos. E até aí eu espero que me atendam e tenho muita paciência quando não o fazem…
Sim, estou cansada. Muito cansada. Exausta, na realidade. Mas vou fazer o quê? O costume: esperar e ter (muita) paciência…
Amanhã logo se vê se o Mundo mexe. Nem que seja um bocadinho pequenino só. Já fico contente com uma SMS porque já percebi que o email está a ser completamente desprezado.
Cansada. Tão mas tão cansada que nem quem está por perto tem a noção do quanto estou cansada disto…
