Poder, finalmente!, conversar de viva voz com alguém que, como eu, foi apanhada na curva pela mesma coisa, simplesmente numa versão mais simples.
Foram duas horas ao telefone, com alguém que não conheço pessoalmente e que provavelmente nunca irei conhecer dada a distância, mas que sabe tão bem o que estou a passar porque já passou pelo mesmo.
Há muito tempo que queria, precisava!, de uma conversa assim. Sentar-me à mesa da esplanada e falar, conversar, ouvir e ser ouvida por alguém que entende porque vive na pele a mesma condição que eu. Sim, continuo a não conseguir chamar-lhe doença, que é!, e menos ainda tratar a condição pelo nome que tem. E tudo porque ainda não a estou a aceitar…
Mas ouvir alguém partilhar a mesma experiência…não tem preço!
Foram as duas melhores horas dos últimos tempos, não há como negar. E (acho que) fiz uma nova amiga. Companheira de luta, sem dúvida. E uma enorme ajuda para a minha cabeça. De repente, deixei de me sentir tão sozinha.
Obrigada! E obrigada também a quem me fez chegar até ela.