A noite passada? Foi adormecer depois das 4h da manhã por causa da luta interna que se fez sentir em força.
Seria de esperar que hoje acordasse mais tarde… Mas todos os dias o despertador toca às 7h da manhã para tomar o antibiótico e hoje nem me deixaram esperar pelas 7h. Fui acordada às 6h30 para o antibiótico. Já não voltei a dormir. Não antes das 10h30 da manhã…e aí fugi do Mundo e escondi-me dele até às 16h.
Porque, mais uma vez, queria ir à praia. Mas sabia que não ia conseguir porque 900 metros é uma distância curta para todos, mas não para mim. Especialmente nestes últimos dias…
Ao final da tarde, um café fora da zona habitual. Pouco mais de 400 metros para cada lado. Mas, pelo menos, obriguei-me a caminhar. Se foi fácil? Manter-me equilibrada enquanto caminho está cada vez mais complicado apesar da fisioterapia. Mas fui! E vim…
Mas, a melhor parte deste dia que não prometia nada foi, ainda antes de ir à rua, quando o telemóvel tocou e, no outro lado, estava aquela voz que eu há tanto tempo queria voltar a ouvir! A voz dele! Era tudo o que eu estava a precisar mas não estava a contar! Surpresas destas são tão boas! E foi tão bom. Porque é muito giro podermos conversar por escrito à distância de um clique, mas nada bate uma conversa de viva voz quando não se está à espera.
Foram, ao todo, 38 minutos. E, durante esses 38 minutos, o Mundo deixou de existir lá fora. Porque éramos só os dois. O resto não existia. E foram, sem dúvida, os melhores 38 minutos deste dia “meh”.
Amanhã é o regresso à rotina da fisioterapia de manhã, seguida de consulta com a médica de família e regressar a casa. Vou continuar a querer ir à praia. Vai continuar a não acontecer.
Mas agora, e porque eu insisto em não saber fazer resumos, depois de escrever mais um longo email para aquele médico em quem deixei de confiar, a noite já roça a madrugada, vou tentar descansar. A minha cabeça continua a mil, a luta interna intensifica-se e a vontade de chorar agrava-se mas continua sem acontecer… Por isso, o melhor é mesmo esconder-me do Mundo até às 7h da manhã de amanhã.
Um dia de cada vez. Sempre. Hoje foi como e o que foi. Amanhã? Logo se vê…